domingo, 29 de julho de 2012

O casamento leva a bons homens e bons homens se casam


EAST LANSING, Michigan, 6 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Pesquisadores há muito tempo argumentam que o casamento geralmente reduz condutas ilegais e agressivas nos homens. O que ficava na dúvida, porém, era se essa ligação era função do próprio matrimônio ou se homens menos “antissociais” tinham simplesmente mais probabilidade de se casarem.
A resposta, de acordo com um novo estudo liderado por uma geneticista comportamental da Universidade Estadual de Michigan, parece ser ambos.
Na edição de dezembro da revista Archives of General Psychiatry (Arquivos de Psiquiatria Geral), online hoje, S. Alexandra Burt e colegas revelaram que homens menos antissociais tinham mais probabilidade de se casarem. Ao se casarem, porém, o próprio casamento parece inibir ainda mais condutas antissociais.
“Nossos resultados indicam que o índice reduzido de condutas antissociais em homens casados é mais complicado do que pensávamos anteriormente”, disse Burt, professor adjunto de psicologia. “O casamento é geralmente bom para os homens, pelo menos em termos de reduzir condutas antissociais, mas os dados também indicam que quem entra no estado de casamento não o faz acidentalmente”.
O estudo é o primeiro a investigar os efeitos do casamento em condutas antissociais usando uma amostra geneticamente informativa de gêmeos para excluir os efeitos dos genes nessas associações. Os pesquisadores examinaram os dados de 289 pares de gêmeos do sexo masculino. Os gêmeos foram avaliados quatro vezes, com as idades de 17, 20, 24 e 29 anos.
O estudo revelou que os homens com níveis mais baixos de conduta antissocial com as idades de 17 e 20 tinham mais probabilidade de se casarem com a idade de 29 anos (os pesquisadores se referem ao ato de entrar no casamento como processo de seleção). Isso é digno de nota, já que estudos anteriores revelaram pouco apoio ao fato de que esse processo de seleção influenciou índices reduzidos de conduta antissocial entre homens casados.
Burt disse que a descoberta dela poderá diferir de estudos passados porque índices conjugais diminuíram de modo significativo em anos recentes, ao passo que o casamento era mais a norma na década de 1950, significando que a seleção provavelmente não era um fator importante.
Quando os homens se casavam, os índices de conduta antissocial diminuíam mais ainda. Ao comparar gêmeos idênticos em que um gêmeo havia se casado enquanto o outro não, Burt disse, o gêmeo casado geralmente se envolvia em níveis mais baixos de conduta antissocial do que se envolvia o gêmeo solteiro.
Burt disse que é improvável que o casamento iniba a conduta antissocial dos homens diretamente, mas em vez disso que o casamento é um indicador para outros fatores tais como vínculos sociais ou menos tempo gasto com colegas delinquentes. Outro fator que parece ser importante é a qualidade do casamento; o efeito do casamento na conduta antissocial tende a ser mais forte em melhores casamentos.

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