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sábado, 14 de abril de 2018

OS 8 SINAIS DA TIBIEZA E A PENA PELA MEDIOCRIDADE NA PRÁTICA DA VIRTUDE


Os sinais da tibieza em geral são os oito seguintes:
1. Omissão fácil das práticas de piedade
A alma fervorosa tem a sua vida de piedade toda dirigida por um regulamento particular fácil de ser observado e bem criterioso. Não omite facilmente qualquer prática de piedade. E’ de uma fidelidade extrema, sobretudo à meditação. Se graves ocupações ou verdadeira necessidade a impedem, procura, logo que seja possível, suprir a falta. A alma tíbia sob qualquer pretexto omite os exercícios de piedade, passa dias sem meditação, e até mesmo sem práticas de piedade de qualquer espécie. Ora, isto é exatamente o contrário do fervor. “Não digo que isto prove tudo, diz o Pe. Faber, mas prova muito. Seja como for, sempre que existir tibieza, existirá este sintoma”.

O homem superior é um solitário

O homem superior é um solitário. Na época atual do homem-massa, em que o gosto se generaliza num sentido de perspectiva comum, de anseios comuns, de opiniões comuns, não é de admirar haver de um mesmo fato uma interpretação igual e um mesmo comentário. O homem-superior é, naturalmente, um alheiado ao homem-massa; é uma exceção. O homem-massa encerra conceitos comuns, perspectivas comuns, gostos comuns. Isto pode ser um ideal... Para os homens-massa. Nunca será um ideal para o homem que sente a si próprio, que se observa como exceção, cujo ritmo de alma é, naturalmente, diferente da do homem vulgar. Esta exceção é muitas vezes perigosa. Destas exceções saem também os “perturbadores da ordem”...
Buscar regras diferentes de pensar, intuições mais profundas, vozes que só a solidão nos permita ouvir, guiar-se por anseios que vêm libertos das pressões do meio, é permitido somente aos que se ausentam, aos refratários. O homem de gosto superior nunca será o mesmo. Suas reações diferem quando em meio dos seus semelhantes. Más companhias tornam-se muitas vezes necessárias para conhecer o homem comum. “São sempre más companhias todas aquelas que não são de nossos iguais”. (Nietzsche).
E isto representa sacrifícios que não se podem calcular.
Dentro da sociedade, os homens vivem ainda a pré-história. A maior parte tem ainda uma mentalidade primitiva, arcaica, e as grandes conquistas, através dos séculos, são apanágio de camadas sociais reduzidíssimas.
As vastas massas ainda raciocinam com os mesmos convencionalismos primitivos. Há homens de todas as culturas no Ocidente: bizantinos, góticos, barrocos, clássicos racionalistas, gregos, romanos,

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O traje, espelho de uma época?

Por Bruno Garschagen

Ler os grandes intelectuais do passado é constatar a degradação do presente. Tendemos a perceber essa degradação nos hábitos e nos comportamentos que mais nos chocam, mas há um elemento fundamental que passa quase sempre despercebido: o vestuário. Plinio Corrêa de Oliveira, hoje quase esquecido, escreveu em 1952 um artigo irretocável sobre “O traje, espelho de uma época”. Num trecho do texto, Plinio extraiu da vestimenta seu elemento imaterial, pois que “de um ponto de vista meramente material”, o traje ao corpo presta somente o serviço de agasalhá-lo ou de “proteger um certo pudor que brota das profundezas do instinto”. Na certeza de que “o homem não é só matéria”, a vestimenta “deve também prestar serviço ao espírito”.

Como? “Por uma propriedade que não é apenas convencional ou imaginativa, mas que crava raízes no âmago da realidade, certas formas, certas cores, as qualidades de certos tecidos, produzem no homem determinadas impressões, que são mais ou menos as mesmas para todos os homens” . Essas impressões, salientou Plinio, produzem nos homens “estados de espírito, atitudes mentais, em certos casos todo um pendor da personalidade”. E é dessa maneira que “pode o homem, por meio do traje, exprimir até certo ponto sua personalidade moral, o que facilmente se pode notar no vestuário feminino, tão apto a espelhar o feitio mental da mulher”.

Dizia eu, porém, acerca do elemento imaterial do traje convocado por Plinio. E ele o faz ao certificar que “quando uma época se preocupa em elevar o homem, é sedenta de dignidade, de grandeza, de seriedade, dispõe o vestuário – comum ou profissional – de maneira a acentuar em cada pessoa a impressão desses valores”. E sim, “será ou tenderá a ser nobre, digno, varonil, o traje de todo homem, desde o soberano até o último plebeu”, como “se nota nos trajes antigos”. O que nos diz a nossa época se analisarmos como nós, brasileiros, nos vestimos?

O que vou dizer agora pode soar um tanto excêntrico e, para alguns, mesmo ofensivo: o brasileiro não se veste, limita-se a cobrir o corpo com as roupas que tiver. Assim revela sua falta de modos, seu despudor estético e uma incompreensão absoluta sobre aquilo que transmite quando usa tênis em celebrações, mesmo em aniversários de infantes ou de imberbes. Inexiste no brasileiro médio, de qualquer classe social, um sentido estético. A roupa é a evidência mais pública dessa ausência de acuidade. Não há nem sentido estético nem a compreensão de que as vestes transmitem dignidade, grandeza, valores, enfim.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Nuno Álvares Pereira, Condestável de Portugal, guerreiro e santo

Nascido em 1360, no Castelo de Sernache de Bonjardim, filho de um dos mais ilustres senhores do reino, D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem Militar dos Hospitalários, teve D. Nuno a educação militar dos nobres.
Aos 16 anos casou-se com D. Leonor de Alvim, muito virtuosa e tida como a mais rica herdeira do reino.
Tiveram três filhos: dois meninos, que morreram cedo, e uma menina, D. Beatriz, que foi tronco da Casa de Bragança.
Porém Nuno não se satisfazia com ser pacato castelão. Lembrava-se do dia em que fora armado cavaleiro, dos juramentos solenes que fizera, e perguntava a si mesmo:

"Passarei toda a vida assim? Para isto recebi tão solenemente a espada, sobre a qual fiz tão sérias promessas?"

O Rei D. Fernando, o formoso, entregara grande parte do reino ao invasor castelhano, sem qualquer resistência; homem apático, mole, desfibrado, mereceu de Camões o severo juízo: "um fraco rei faz fraca a forte gente".
E havia também o "grande desvario": Fernando ousara colocar no trono de Sta. Izabel, como Rainha de Portugal, a legítima esposa de um fidalgo que exilara — D. Leonor Teles, "a aleivosa".
As guerras tinham esgotado o tesouro real, levando o Rei a alterar o valor da moeda — espécie de inflação da época — logo acarretando carestia, câmbio negro e fome.
Condestável de Portugal, Beato Nuno Alvares Pereira, punho, heróis medievaisEm 1373 o exército castelhano invade o sul do país, a esquadra lusitana é fragorosamente derrotada em Saltes, Lisboa é cercada.
O Rei D. Fernando não tem força moral para resistir, os fidalgos da fronteira se desinteressam da defesa, bandeiam-se. O reino agoniza.
Nuno, aos 22 anos de idade, participa da defesa de Lisboa. Uma incursão fora dos muros, contra as tropas castelhanas que pilhavam os vinhedos, o coloca subitamente, com seus 50 homens, face a 250 inimigos.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

RUÍNA DA MASCULINIDADE

Não é raro encontrarmos no meio conservador e mais tradicional livros e textos que tratam da formação feminina, pois a degradação do papel da mulher no lar e na sociedade atual é notória, todavia, a preocupação com a formação masculina quase não existe e quando há é algo sem profundidade.
As perguntas que faço são: A degradação atingiu apenas à mulher ou o homem também foi corrompido em seu entendimento do que é ser um homem nos planos de Deus? Os homens modernos têm consciência de suas características e de como devem usá-las para refletirem no Mundo a Sabedoria e a Ordem do Criador? pois dentro da desigualdade entre os sexos há reflexo dessa Sabedoria e Ordem divina.
Não se ordena dez nomes iguais, logo, a igualdade não propicia a ordem. Da mesma forma como não se pode praticar a caridade se todos possuem riquezas ou não se pode aprender algo novo se todos são iguais intelectualmente nas mesmas matérias. Portanto, onde há uma desigualdade querida por Deus há reflexo de Sua sabedoria.
Essa desigualdade se dá entre os reinos: mineral, vegetal e animal. E dentro desses reinos há desigualdade. Ilustremos: há diversidade de flores assim como há diversidade entre as rosas em cor e tamanho, algumas manchadas outras não, etc. E com os homens não poderia ser diferente. Há desigualdade nas características físicas, psíquicas e até espirituais, e o ápice da desigualdade entre os homens se dá entre a diferença de sexos. Aqui Deus expressa de forma mais nítida e perfeita a Sua Sabedoria e Ordem.
O homem possui todas as suas características natas para ser aquele que lidera, que está à frente, ser a “cabeça” do lar e reflexo de Cristo nele. É mais forte fisicamente — para os trabalhos externos e braçais, consegue lidar com os perigos do mundo com mais segurança; é mais racional — para tomar decisões mais precisas, sem as afetações que a alma feminina traz em suas decisões, movidas pelo sentimentalismo mal medido [aqui se entenda que o homem pode e deve consultar sua esposa para decidir, mas que faça uso de sua racionalidade para extrair os excessos].
E o que vemos hoje? Homens com iniciativa, que não medem esforços para serem os provedores de um lar? Homens fortes, que liderem e que não se entregam às suscetibilidades, próprias de donzelas? Homens conscientes de suas fraquezas e limitações mas que bradam corajosamente e que enfrentam o medo diante de tomadas de decisões? O que vemos hoje? Mesmo no meio conservador e tradicional, o que vemos é um monte de homens se comportarem como meninos. Dizem possuir virilidade e masculinidade, mas na prática são apenas uns meninos de barba. Sim, há exceções, mas elas são raras.

O Livro da Ordem de Cavalaria (c. 1274-1276)



RAMON LLULL (1232-1316)
Revisão: Rui Vieira da CUNHA (IHGB)

Deus honrado, glorioso, que sois cumprimento de todos os bens, por vossa graça e vossa bênção começa este livro que é da Ordem de Cavalaria.


INICIA O PRÓLOGO 
Por significação dos VII planetas, que são corpos celestiais e governam e ordenam os corpos terrenais, dividimos este Livro de cavalaria em VII partes, para demonstrar que os cavaleiros têm honra e senhorio sobre o povo para o ordenar e defender.

A primeira parte é do começo de cavalaria; a segunda, do ofício de cavalaria; a terceira, do exame que convém que seja feito ao escudeiro com vontade de entrar na ordem de cavalaria; a quarta, da maneira segundo a qual deve ser armado o cavaleiro; a quinta, do que significam as armas do cavaleiro; a sexta é dos costumes que pertencem ao cavaleiro; a sétima, da honra que se convém ser feita ao cavaleiro.

Em uma terra aconteceu que um sábio cavaleiro que longamente havia mantido a ordem de cavalaria na nobreza e força de sua alta coragem, e a quem a sabedoria e ventura o haviam mantido na honra da cavalaria em guerras e em torneios, em assaltos e em batalhas, elegeu a vida ermitã quando viu que seus dias eram breves e a natureza o impedia, pela velhice, de usar as armas. Então, desamparou suas herdades e herdou-as a seus infantes, e em um bosque grande, abundante de águas e árvores frutuosas, fez sua habitação e fugiu do mundo para que o enfraquecimento de seu corpo, no qual chegara pela velhice, não lhe desonrasse naquelas coisas que, com sabedoria e ventura ao longo do tempo o haviam honrado tanto. E, por isso, o cavaleiro cogitou na morte, relembrando a passagem deste século ao outro, e entendeu a sentença perdurável a qual havia de vir.

Em um belo prado havia uma árvore muito grande, toda carregada de frutos, onde o cavaleiro vivia naquela floresta. Debaixo daquela árvore havia uma fonte muito bela e clara, da qual eram abundantes o prado e as árvores que ali eram ao redor. E o cavaleiro havia em seu costume, todos os dias, de vir àquele lugar adorar e contemplar e pregar a Deus, a qual fazia graças e mercês da grande honra que Lhe havia feito todos os tempos de sua vida neste mundo.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Separando os homens dos meninos


Vamos falar de um assunto um tanto desgastado. Tanto para as mulheres, que escreveram à exaustão sobre o tema, daquele jeitinho peculiar delas, idealizando entre suspiros e devaneios o seu homem dos sonhos; como também para os homens, que loucos para atenderem as damas e se perderem em seus braços, não se atentavam para a essência e se perdiam nos acidentes, causando a pitoresca situação em que, sem entender coisa alguma, tentavam segurar o leite da vaca com uma peneira.
É normal os homens se assustarem com o tanto de exigências cobrado pelas mulheres, que apesar de alguns exageros por parte delas, é natural que assim seja. Afinal, a parte da imaginação do casal é da mulher. Elas têm essa peculiar característica de imaginar, fantasiar, esperar e sentir, oscilando de intensidade na medida em que fica perto de chegar “aqueles dias”. Além disso, por incrível que pareça, elas têm uma certa[1] razão nessa exigência toda. Ora, se São Pedro é a pedra onde foi edificada a Igreja, e se a família é uma pequena igreja, ou melhor, uma igreja doméstica, nada mais justo que uma mulher procure construí-la numa pedra bem forte, viril e fiel. E quem seria a pedra da família? Nós, os varões.

domingo, 2 de julho de 2017

A elegância: mais que boas maneiras


A elegância não deve ser uma característica puramente externa, mas vir de dentro, fruto da posse completa da própria interioridade. 
Imagino que o leitor esteja disposto a admitir que a dignidade humana é para nós uma questão importante, pois é hoje assunto de inúmeras páginas e discussões. Quase sempre se fala dela como um tema político, relacionado com o respeito a todos, os direitos humanos, como fundamento da ordem jurídica, o como uma exigência moral básica e inalienável que deve ser energicamente defendida para que a sociedade não se desumanize.
Entretanto, poucas vezes se ouve falar da dignidade num enfoque intimista e estético. E seria muito instrutivo. O leitor paciente e sofrido que estiver disposto a acompanhar-me poderá ver, espero, como a dignidade humana envolve também aqueles assuntos que enobrecem ou degradam a pessoa diante de si mesma e, consequentemente, diante dos outros, assuntos que afetam a autoestima de alguém e a consideração que esse alguém recebe daqueles que estão à sua volta. Comportar-se dignamente é algo que se aprende e que tem a ver com uma verdade simples e capital: o feio é indigno e vergonhoso, e deve ser ocultado ou substituído pelo belo e elegante. A presença do belo e do feio em nós mesmos é um componente fundamental da nossa dignidade.
Trata-se de uma questão que nos preocupa mais do que em principio estaríamos dispostos a admitir. O que as pessoas pensam de mim? Como me pareço? Será que não estou horrível? Será que acham que sou burro, velho, ou chinfrim? Alguém notou que a culpa foi minha? O que o meu chefe vai dizer? Vou passar por imbecil?

terça-feira, 6 de junho de 2017

Beato Bártolo Maria Longo

Bacharel em Direito. Edificou o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia em 1876
Foi Beatificado por João Paulo II em 26 de Outubro de 1980.
O Papa João Paulo II o cita muitas vezes em sua  Encíclica sobre o Rosário: Rosarium Virginis Mariae

Bartolo Longo nasceu em Latiano, nas proximidades de Brindisi,  localizada no sul da Itália, em 10 de Fevereiro de 1841. Seus pais foram Bartolomeu (médico) e Antonia Luparelli (filha de um magistrado). Desde criança manifesta-se muito engenhoso, vivo e de caráter ardente. Aos seis anos foi levado a um internato dos Padres Escolapios, em Francavilla Fontana. Ali realizou os estudos primários e secundários (11 anos). O resto de seus estudos foram realizados em  Lecce e Nápoles. Aqui termina seus estudos de direito em 1864, aos 23 anos. Era de temperamento passional, sua estrutura o conduzia ao céu ou ao inferno; jamais a um lugar intermediário. Era elegante, bom moço e inteligente.

Na Universidade segue a moda anticristã da  época e dedica-se à política, às superstições e ao espiritismo: chegou a ser "medium" de primeiro grau e sacerdote espírita. Foi seu tempo de alienação juvenil, de busca desenfreada. O estudo, as diversões, a música (tocava piano) e os amigos preenchiam seus dias. Não sobrava tempo para a oração. E Deus foi desaparecendo dia após dia. Por outro lado, a filosofia de Hegel e o racionalismo de Renan o tinham totalmente preso. Começou a odiar a igreja, organizando conferências contra ela e louvando aos que criticavam o clero.

Esta experiência serviu-lhe paradoxalmente de degrau para redescobrir a fé definitivamente. Neste processo, foram instrumentos de Deus especialmente duas pessoas: um professor amigo (Vincenzo Pepe) e um sacerdote dominicano (o Padre Alberto Radente).

Sua conversão, ocorrida no dia do Sagrado Coração de Jesus de 1865, na igreja do Rosário de Nápoles, o levou a tomar decisões radicais: abandonou a vida mundana e dedicou-se a obras de caridade e ao estudo da religião. Renunciando inclusive a propostas muito vantajosas para a vida matrimonial.

Deus quis escolher este homem pecador como instrumento para propagar sua glória com a construção de um santuário dedicado à Santíssima Virgem Maria, que mais tarde será chamado Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia. Ali outros pecadores iriam  encontrar perdão e paz.

Em 1872  radica-se em  Pompéia por motivos profissionais: a condessa De Fusco confiou-lhe a administração de suas propriedades. Ficou profundamente impressionado com a miséria humana e religiosa dos pobres camponeses. A partir de uma inspiração especial decide se dedicar ao catecismo e à difusão do  Santo Rosário.

Em 1876, por sugestão do Bispo de Nola, inicia a "campanha de um 'salário mensal'" para construir um templo em Pompéia. Como resultado da cooperação humana e da intercessão prodigiosa de Maria surge um formoso Santuário. E em torno a esta construção nasce uma cidade mariana, enriquecida com numerosos institutos de caridade.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Heitor e Aquiles: dois caminhos para a masculinidade


Para os antigos gregos, a Ilíada de Homero era a Bíblia em Andreia – Isto é, masculinidade, principalmente coragem masculina.

Diziam que Alexandre o Grande mantinha uma edição especial do poema épico (preparado por seu tutor Aristóteles) debaixo do travesseiro durante suas conquistas, e a lia costumeiramente. Para Alexandre, Aquiles era a andreia encarnada, e desta forma o jovem rei moldou sua vida no exemplo dele.

Quando começara sua conquista na Ásia, Alexandre tomou uma rota passando pelo túmulo de Aquiles e lhe prestou homenagem. Toda vez que ele duvidava de si mesmo, rezava à mãe de Aquiles, a Deusa Tétis, por consolação. Quando seu melhor amigo e general, Heféstion, foi morto em batalha, Alexandre lamentou profundamente, tal qual Aquiles, que sofrera por seu melhor amigo, Pátroclo.

Muitos jovens desde Alexandre tem encontrado inspiração em Aquiles, o poderoso e esguio guerreiro. Por que ele encarna um ideal que eles, do fundo de suas vísceras, ardentemente desejam: coragem indomável e potência física.

Ainda que Aquiles seja a perfeita encarnação de andreia, e tenha sobre si toda atenção e adulação, há outro personagem que exemplificou a masculinidade também na Ilíada, e que na realidade provê melhor caminho de como a maioria dos homens pode alcançar tal modelo.

Aquiles: sendo viril

Nada podia parar Aquiles na batalha. Não temia a ninguém, nem mesmo o Rei Agamenon, o líder eleito dos gregos em Tróia.

sábado, 29 de abril de 2017

Beato Ivan Merz, Leigo. Apóstolo Católico entre os jovens na Croácia

Rara foto do Beato Ivan Merz.
Nasceu em Banja Luka, em 16 de dezembro de 1896, na Bósnia ocupada pelo império Austro-Húngaro, em uma família liberal. Foi batizado em 02 de fevereiro de 1897. No ambiente multiétnico e multi-religioso de sua cidade natal, realizou seus estudos de nível primário e secundário, que terminou quando em Sarajevo era assassinado o príncipe herdeiro Francisco Fernando (28 de junho de 1914).

Por vontade de seus pais e não sua, entro na Academia Militar de Wiener Noustadt, que abandonou depois de três meses, molestado pela corrupção do ambiente. Em 1915, iniciou os estudos na Universidade de Viena, aspirando a ser professor, para pode dedicar-se à instrução e educação dos jovens na Bósnia, seguindo o exemplo de seu professor Ljubomir Marakovic, por quem sentia uma profunda gratidão por haver-lhe ajudado a descobrir as riquezas do catolicismo.

Em março de 1916 teve que alistar-se no exército. Foi enviado ao “front” italiano, onde passou a maior parte dos anos de 1917 e 1918. Ao terminar a I Guerra Mundial, encontrava-se em Banja Luka, ode vivenciou a mudança política e o nascimento do novo Estado Iugoslavo. A experiência da guerra fê-lo amadurecer espiritualmente, pois, impressionado pelos horrores dos quais foi testemunha, colocando-se nas mãos de Deus, propôs-se tender com todas as suas forças à perfeição cristã.

É possível seguir seu desenvolvimento espiritual graças a seu diário íntimo, que começou a escrever durante seus estudos secundários e prosseguiu no exército, no “front”, e durante os estudos universitários. Nele se aprecia que sua santidade não foi fácil, que teve que lutar muito por seu ideal.
Atormentava-o o problema do amor e, logo, o da dor e da morte, que resolvia à luz da fé.

sábado, 22 de abril de 2017

A VONTADE

A GRANDE GUERRA 
(LE COMBAT DE LA PURETÉ)
PELO PE. J. HOORNAERT, S.J.


17.ª Arma: a vontade

Neste nosso século de moleza e de comodidades, em que os moços, com um tostão, poupam-se a fadiga de cem metros de caminho que deveriam fazer a pé, tomando os carros elétricos, ou o ascensor, para evitar a subida de quarenta degraus, não será demasiado insistir sobre a grande importância da vontade.
Multíplices são as causas que enervam a sensibilidade.
Muito poucas as que contribuem para tornar viril o jovem, dando-lhe a verdadeira robustez.
A sólida formação do carácter e a educação geral da vontade, é que se deveria ter em vista, para toda e qualquer formação dos jovens.
Que fazer de todos esses abúlicos, desses anêmicos, cujo sangue parece carecer de glóbulos vermelhos e abundar de leucócitos?
Convencei-vos de que o menino mais disciplinado, o que tivesse maiores prêmios no colégio e fosse mesmo presidente de Congregação e conquistasse, cada ano, o primeiro prêmio de comportamento, estaria terrivelmente exposto a fraquear, se lhe falhasse a vontade.
Não é verdade? A pureza, sendo uma luta, exige lutadores e não, para repetir uma celebre expressão, “franguinhos piedosos”. São delicadinhos e ternos os frangos, mas, não vedes? que papel desempenham nos combates?!…

Não basta ser alguém ajuizado, é necessário que seja também enérgico e até ardente, pois “nada se faz de grande, sem as paixões”; e para se vingar em qualquer empresa, “é necessário ter o diabo no corpo”. (Tocqueville).
Retomemos, por alguns instantes, o assunto das leituras, encarado sob este aspecto, de que nos ocupamos: o da vontade.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

BEATO LUIS MAGAÑA SERVIN


Arandas, povoado localizado na região de "Los Altos" de Jalisco, é uma terra que, como quase todas as terras de nossa nação mexicana, tem um legado histórico interessante.
Em seu tempo, pertenceu à Diocese de Valladolid, hoje Arquidiocese de Morelia, Michoacán, cujas terras pertenciam a um cavalheiro espanhol chamado Andrés de Villanueva, quem em meados do século XVII, fundou a primeira comunidade não precisamente indígena, mas sim miscigenada entre nativos, espanhóis e alguns franceses. Por essa razão, as pessoas dessa região de "Los Altos" de Jalisco mantém alguns traços  europeus: pele clara, cabelo loiro, estatura alta e - em geral - olhos claros.
Luis foi uma criança tranquila. Não gostava de se envolver em confusões, ainda que adorasse as brincadeiras infantis daquele tempo: bolinhas de gude, rodar pião, yo-yo, "las ramitas". Mais tarde, se apaixonou pelo jogo de beisebol.

Já um pouco mais crescido, passou a ajudar a seu pai Raymundo na "tenería" (n.d.t. local onde se curtem e preparam peles, "curtume"); com empenho e espírito de sacrifício, levantava-se bem cedo e ia à Missa das 5 da manhã, juntamente com seu pai, em seguida tomava café e ia à escola. Pela tarde, ajudava nas atividades de curtume, rezava o rosário em família, jantava e então ia para a cama.

Assim eram todos os dias, seguindo um horário fixo e disciplinado; duas vezes por semana ia aprender o catecismo, ensinado por uma catequista, onde aprendia palavra por palavra as respostas do livro do padre Ripalda.

"Cresceu muito parecido ao seu pai - recorda Ignacio González López - sendo seu braço direito em tudo, chegando inclusive a ficar à frente da "teneria". Ainda que Luis trabalhasse em meio aos couros malcheirosos, estava sempre alegre e bem-humorado".
Várias testemunhas afirmaram ser Luis muito conhecido e apreciado pelo seu interesse nas questões sociais, impulsionado pela leitura da encíclica Rerum Novarum que Sua Santidade o Papa Leão XIII publicou em 1891. Juan Camarena Vázquez assegurou que ele pertencia à Associação de Santa María de Guadalupe, que reunia os obreiros, camponeses e artesãos.

sábado, 15 de abril de 2017

O pai nosso e os vícios capitais

Orlando Fedeli


Hugo de São Victor, famoso mestre medieval, deixou-nos esplêndidos comentários e sermões, além de sua famosa obra 'Didascalion'.

Um de seus muitos opúsculos trata dos Cinco Septenários que haveria no tesouro da Igreja: os sete pedidos do Pai Nosso; os sete vícios capitais; os sete dons do Espírito Santo; as sete virtudes e, por fim, as sete bem-aventuranças.

Poeticamente – esse excelente autor medieval sempre fala com poesia –, ele nos explica que os sete vícios capitais são comparáveis aos sete rios de Babilônia, que espalham todo o mal, gota a gota, por toda a terra, pois deles defluem todos os pecados. Por isso, lembra ele, a Escritura nos diz :

'Junto aos rios de Babilônia nós nos assentamos e choramos lembrando-nos de ti, ó Sion'(Sl CXXXVI,1).

Hugo de São Victor coloca os vícios capitais em uma certa ordem lógica, a fim de relacioná-los com os sete pedidos do Pai Nosso. Assim ele ordena os vícios capitais: soberba, inveja, ira, preguiça ou tristeza, avareza, gula e luxúria.

O primeiro vício capital, causa primeira de todos os nossos males espirituais, é a soberba. Por esse vício atribuímos a nós mesmos, ao nosso próprio ser, a causa do bem existente em nós. Pela soberba deixamos de reconhecer a Deus como fonte de todo o bem. Ao fazer isso, o homem deixa de amar o Bem em si mesmo, para amar o bem enquanto existe nele próprio, porque existe nele. Dessa forma, o homem rompe a sua união com a fonte do bem. Condenando a maldade do orgulho, exclama o mestre:

'Ó peste de orgulho, que fazes tu aí? Por que persuadir o riacho a se separar de sua fonte? Por que persuadir o raio de luz a romper sua ligação com o Sol? Por que, senão para que o riacho, cessando de ser alimentado pela fonte, seque, e que o raio de luz, cortada sua união com o Sol, se converta em treva? Por que, senão para que assim ambos, no mesmo instante em que cessam de receber o que ainda não têm, percam imediatamente aquilo mesmo que já têm?'

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O Brasil e os templários no plano da Providência

Portugal nasceu sendo rei D. Afonso Henriques. Na batalha de Ouriques, ele estava na indecisão do resultado da luta contra Castela, e apareceu a ele Nosso Senhor com as cinco chagas, pregado na Cruz, e incitando-o a que ele não perdesse o ânimo e que continuasse para frente. Porque a Providência queria um Portugal português.

Ele continuou a batalha e ganhou. E daí as cinco chagas de Nosso Senhor estarem na origem do reino de Portugal, que era antes um condado e que passou a reino no tempo dele.

A origem de Portugal e toda sua vida é, portanto, profundamente embebida de coisas católicas.

Nós dizemos que os reis de Portugal, ou Pedro Alvares Cabral, descobriu o Brasil. Essas coisas são muito controvertidas, e uma delas é flagrantemente errada.

Não foi Portugal que descobriu o Brasil. Eram portugueses os marinheiros, os capitães, a escola de navegação de Sagres, em base na qual as naves portuguesas vieram ter aqui, com Pedro Alvares Cabral dirigindo esbarraram no Brasil.


Aqui foi celebrada a Primeira Missa e foi tomada a posse em nome do rei de Portugal, etc. Mas na realidade, as naus que vinham cá não pertenciam a Portugal. Pertenciam à Ordem de Cristo.

O que era a Ordem de Cristo?

Era uma continuação da Ordem dos Templários, fechada na França por Felipe IV, com um infeliz consentimento da Santa Sé.

A Ordem dos Templários a pedido do rei de Portugal conservou-se em Portugal mudando de nome. E passou a ser a Ordem de Cristo.

sábado, 7 de janeiro de 2017

O que “Game of Thrones” tem a ver com pornografia?


“Game of Thrones”, o seriado de maior sucesso atualmente no mundo, diz muito sobre a nossa cultura e sobre o modo como estamos tratando as nossas mulheres.
Por Noah Filipiak | Tradução: Equipe CNP — O seriado de sucesso Game of Thrones, da HBO, recebeu 26 estatuetas do Emmy, incluindo o prêmio de "melhor série dramática" em 2015, e tem 18,6 milhões de pessoas assistindo a cada episódio da série — um recorde para o canal HBO —, praticamente a mesma população de Nova Iorque, o terceiro estado mais populoso dos Estados Unidos. Esse é um número muito grande, que abrange muitas pessoas e indica uma forte influência cultural.
O que faz as pessoas assistirem a Game of Thrones? Certamente, a atuação artística, o enredo, as personagens, a trama, as batalhas, os dragões e, é claro, as cenas exageradas e gratuitas de nudez e de sexo (incluindo uma cena longa e explícita de estupro que virou notícia ano passado).
Assim como o fenômeno de "Cinquenta Tons de Cinza", tudo isso traz à tona o problema do sexo como entretenimento de massa. O que faz um filme pornô ser "pornografia" e Game of Thrones ser um ícone premiado e bem-sucedido da cultura popular?

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

São Luís Martin - Coragem

Ao  amor  de  Deus,  ao  espírito  de  Fé  e  à  Esperança  unia-se,  em  meu  Pai,  uma  extrema  e  corajosa  caridade  para  com  o  próximo.  Era  sua  nota  dominante. Se,  durante  a  noite,  o  sinal  de  alarme  anunciava algum  incêndio,  levantava-se  logo,  e  ia  para  onde houvesse  maior  perigo. Certa  vez,  contando  isso  às  minhas  companheiras, no  internato  da  Abadia,  uma  delas  exclamou:  "Em casa  dá-se  justo  o  contrário,  Papai  se  esconde  sob  as cobertas!"  Fiquei  bastante  admirada! Essa  intrepidez  bem  conhecida  de  Papai,  deixava-nos  inquietas  quando  não  o  víamos  chegar  à  hora certa.  Temíamos  sempre  que  tivesse  querido  separar contendas,  recebendo  assim  algum  ferimento,  ou  ainda  que  se tivesse  lançado  ao  socorro  de  alguma  pessoa afogada.  Era bom  nadador  e  não  teria  hesitado  em expor  sua  vida  para  salvar  a  de  outrem.  Em  sua  juventude,  tentara  vários  salvamentos,  um  dos  quais  foi particularmente  dramático.  Quase  perdeu  a  vida,  pois seu  companheiro  apertava-lhe  desesperadamente  o pescoço,  paralisando  seus  movimentos. Sempre  pensei  que  seu  gosto  pela  aventura,  indo socorrer  os  viajantes  perdidos  nas  geleiras  não  era alheio  a  seu  atrativo  pelo  Mosteiro  do  grande  São Bernardo,  retirado  nas  alturas,  longe  do  tumulto  da cidade. Considerando  as  organizações  atuais  para  adolescentes,  penso,  também  que  Papai  teria  gostado  de  ser Escoteiro se  houvesse  em  seu  tempo,  ele  que  se  alegrava,  outrora,  de  ser  filho  de  um oficial  do  exército!
Acampar  à  aventura  ser-lhe-ia  uma  felicidade! Possuía,  com  efeito,  uma  invencível  coragem,  decisão,  resistência  ao  sofrimento e energia:  era  um  verdadeiro  filho  de  oficial. É  muito  significativa  esta  carta  de  minha  Mãe, relatando  a  ocupação  de  Alençon  pelos  Prussianos, em  Novembro  de  1870 :  "Enviaram  exploradores  à  floresta.  Meu  marido  foi sábado  de  manhã  e  deveria  passar  a  noite;  todavia,  não  havendo mais  perigo,  retiraram  o  corpo  de  guarda,  de  sorte  que  ele  voltou cerca  de  meia-noite. "
"É  possível  que  os  homens  de  quarenta  a  cinqüenta  anos ainda  partam;  é  quase  certo.  Meu  marido  não  se  perturba,  absolutamente.  Jamais,  pediria  dispensa  e  diz,  frequentemente,  que se  fosse  livre,  teria  logo  se  alistado  como  voluntário."
Sua  valentia  era  notada  pelos domésticos. Uma empregada  dos  Buissonnets  relembra-a,  escrevendo ao  Carmelo: "O  Sr.  Martin  era,  sobretudo,  um  santo  e  tão  corajoso!  Não tinha medo de  nada ... "

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Vida intelectual versus vida de curiosidade

(Esta conferência foi proferida na Jornada de Formação do MJCB em 2012. Apresentamos aqui a sua transcrição).
 Pe. Luiz Cláudio Camargo FSSPX
A obra que estamos propondo realizar em nossos priorados consiste exatamente na idéia da universidade: versus unum. A universidade é a reunião de todas as faculdades, iluminadas pela Teologia. A nossa vida precisa alcançar essa unidade mais elevada, e o lugar privilegiado para isso, na situação em que nos encontramos hoje, são os nossos priorados.
Quero comparar aqui os elementos normais da vida intelectual — o ato, a estrutura da vida interior — com a sua deformação. Gostaria de comparar a vida intelectual com a vida de curiosidade, e daí tentar tirar os conselhos práticos para a vida especulativa. 
Pode-se dizer que há duas partes no esforço intelectual. Em primeiro lugar, há o que se pode chamar de studium, o estudo. Em latim, a palavra studium significa esforço. É interessante notar que toda a primeira parte, a do esforço intelectual, por causa da união e da relação entre o corpo e a alma, é necessária para se chegar ao ato específico em que a inteligência enxerga o seu objeto. Ela exige um esforço muito grande. O modo pelo qual chegamos ao conhecimento é um modo laborioso, chamamo-lo de modo racional. É necessário ruminar até se chegar ao saber. Em seguida, temos um ato próprio, específico, e o efeito próprio pelo qual a inteligência vê o seu objeto, alcança-o, pode ser chamado de gaudium. Então, alcança-se a idéia e a alma repousa. 
Veremos quais as condições desses três passos numa vida intelectual normal, e a sua deformação numa vida de curiosidade.
A primeira consideração, nessa primeira etapa do studium, é a de que, como já se viu, não tratamos de uma atividade qualquer na vida do homem, mas da sua própria essência. Por isso falamos de uma vida intelectual, e não simplesmente de uma atividade intelectual. É, portanto, necessário organizar a vida, é necessário colocar o saber como o princípio que organizará toda a vida.
Se observarmos atentamente, veremos que essa organização da vida nos é dada pelas circunstâncias. Deixamo-nos arrastar por elas e, assim, tornamos impossível a vida intelectual. A maneira moderna de viver impossibilita a vida intelectual e por isso devemos lutar, puxar a espada e nos organizar, dispor os elementos da nossa vida.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Que é um Santo?

São Domingos Sávio
É um católico que durante a sua vida praticou de modo heroico as virtudes cristãs. É um homem como outro qualquer porém em sua vida, três elementos devem ficar illibados: a RETIDÃO de doutrina, a retidão de VIDA e o HEROÍSMO na prática das virtudes. Faltando um destes três elementos não pode haver santidade. Deve professar integralmente a religião de Jesus Cristo, de modo que não se encontre em sua doutrina professada, ou ensinada, falada ou escrita nenhum erro voluntário no que diz respeito aos dogmas da Igreja Católica. É o primeiro distintivo. A Retidão de vida consiste em praticar integralmente a vida cristã, tal qual é revelada por Jesus Cristo e revelada pela autoridade da Igreja.

Nenhum vício, nenhum elemento contrário à lei divina pode entrar em sua vida. Deve afastar todo pecado mortal e todo apego ao pecado venial. Com estes dois elementos temos um homem PERFEITO, mas NÃO temos ainda o Santo. O que consiste a santidade propriamente dita é o cumprimento do terceiro requisito ou  a prática heroica da virtude. A prática HEROICA da virtude, é mais que simples prática da virtude. O afastamento de todo pecado já é uma virtude e pode até ser uma virtude heroica num ponto determinado. Chama-se heroico o que exige de nossa parte um esforço acima do comum.

É mais que bravura, é BRAVURA desmedida.

É mais que coragem, é ARROJO extraordinário.

É mais que virtude é um HEROÍSMO da virtude.

E o santo é aquele que pratica a virtude de modo heroico. Agradecer um serviço prestado é educação. Retribuir um serviço é nobreza, fazer o bem ao próximo é virtude. Fazer bem aos INIMIGOS é heroísmo. Do mesmo modo pode-se dizer: Cumprir com os mandamentos de Deus e da Igreja é ser bom Católico. Fazer mais do que Deus pede é ser virtuoso. Praticar os conselhos evangélicos é ser santo. Eis o que é um santo. É ser homem pela natureza e ser anjo pela virtude.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Pequeno catecismo do namoro

O que é “namoro”?

Namoro é o período em que o rapaz e a moça procuram conhecer-se em preparação para o matrimônio.

Em que consiste o matrimônio?

No matrimônio homem e mulher doam seus corpos, constituem uma só carne e tornam-se instrumentos de Deus na geração de novas vidas humanas.

Então, em que deve consistir a preparação ao matrimônio?

Antes de dar os corpos é preciso doar as almas. No namoro os jovens procuram conhecer não o corpo do outro, mas sua alma.

Que conclusão podemos tirar daí?

Os namorados não podem ter relações sexuais (fornicação), nem atitudes contrarias à castidade.

Porque?

Pois o corpo do outro ainda não lhes pertence, pelo sacramento do matrimônio religioso. Unir-se ao corpo alheio, antes do casamento na Igreja é um pecado contra a castidade e contra a justiça, e como nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Cor. 6, 19), a profanação de nosso corpo é algo semelhante a um sacrilégio.

São permitidos os abraços e beijos?

Porém não é apenas a fornicação que é pecado, mas também tudo o que provoca o desejo da fornicação, como abraços e beijos.