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sábado, 14 de abril de 2018

O homem superior é um solitário

O homem superior é um solitário. Na época atual do homem-massa, em que o gosto se generaliza num sentido de perspectiva comum, de anseios comuns, de opiniões comuns, não é de admirar haver de um mesmo fato uma interpretação igual e um mesmo comentário. O homem-superior é, naturalmente, um alheiado ao homem-massa; é uma exceção. O homem-massa encerra conceitos comuns, perspectivas comuns, gostos comuns. Isto pode ser um ideal... Para os homens-massa. Nunca será um ideal para o homem que sente a si próprio, que se observa como exceção, cujo ritmo de alma é, naturalmente, diferente da do homem vulgar. Esta exceção é muitas vezes perigosa. Destas exceções saem também os “perturbadores da ordem”...
Buscar regras diferentes de pensar, intuições mais profundas, vozes que só a solidão nos permita ouvir, guiar-se por anseios que vêm libertos das pressões do meio, é permitido somente aos que se ausentam, aos refratários. O homem de gosto superior nunca será o mesmo. Suas reações diferem quando em meio dos seus semelhantes. Más companhias tornam-se muitas vezes necessárias para conhecer o homem comum. “São sempre más companhias todas aquelas que não são de nossos iguais”. (Nietzsche).
E isto representa sacrifícios que não se podem calcular.
Dentro da sociedade, os homens vivem ainda a pré-história. A maior parte tem ainda uma mentalidade primitiva, arcaica, e as grandes conquistas, através dos séculos, são apanágio de camadas sociais reduzidíssimas.
As vastas massas ainda raciocinam com os mesmos convencionalismos primitivos. Há homens de todas as culturas no Ocidente: bizantinos, góticos, barrocos, clássicos racionalistas, gregos, romanos,

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

RUÍNA DA MASCULINIDADE

Não é raro encontrarmos no meio conservador e mais tradicional livros e textos que tratam da formação feminina, pois a degradação do papel da mulher no lar e na sociedade atual é notória, todavia, a preocupação com a formação masculina quase não existe e quando há é algo sem profundidade.
As perguntas que faço são: A degradação atingiu apenas à mulher ou o homem também foi corrompido em seu entendimento do que é ser um homem nos planos de Deus? Os homens modernos têm consciência de suas características e de como devem usá-las para refletirem no Mundo a Sabedoria e a Ordem do Criador? pois dentro da desigualdade entre os sexos há reflexo dessa Sabedoria e Ordem divina.
Não se ordena dez nomes iguais, logo, a igualdade não propicia a ordem. Da mesma forma como não se pode praticar a caridade se todos possuem riquezas ou não se pode aprender algo novo se todos são iguais intelectualmente nas mesmas matérias. Portanto, onde há uma desigualdade querida por Deus há reflexo de Sua sabedoria.
Essa desigualdade se dá entre os reinos: mineral, vegetal e animal. E dentro desses reinos há desigualdade. Ilustremos: há diversidade de flores assim como há diversidade entre as rosas em cor e tamanho, algumas manchadas outras não, etc. E com os homens não poderia ser diferente. Há desigualdade nas características físicas, psíquicas e até espirituais, e o ápice da desigualdade entre os homens se dá entre a diferença de sexos. Aqui Deus expressa de forma mais nítida e perfeita a Sua Sabedoria e Ordem.
O homem possui todas as suas características natas para ser aquele que lidera, que está à frente, ser a “cabeça” do lar e reflexo de Cristo nele. É mais forte fisicamente — para os trabalhos externos e braçais, consegue lidar com os perigos do mundo com mais segurança; é mais racional — para tomar decisões mais precisas, sem as afetações que a alma feminina traz em suas decisões, movidas pelo sentimentalismo mal medido [aqui se entenda que o homem pode e deve consultar sua esposa para decidir, mas que faça uso de sua racionalidade para extrair os excessos].
E o que vemos hoje? Homens com iniciativa, que não medem esforços para serem os provedores de um lar? Homens fortes, que liderem e que não se entregam às suscetibilidades, próprias de donzelas? Homens conscientes de suas fraquezas e limitações mas que bradam corajosamente e que enfrentam o medo diante de tomadas de decisões? O que vemos hoje? Mesmo no meio conservador e tradicional, o que vemos é um monte de homens se comportarem como meninos. Dizem possuir virilidade e masculinidade, mas na prática são apenas uns meninos de barba. Sim, há exceções, mas elas são raras.

terça-feira, 11 de julho de 2017

O que é do homem e o que é da mulher


A grande “polêmica” em falar na natureza do homem e da mulher é que esses conceitos já são completamente inexistentes na vida moderna.

Hoje todos vivem n’um nominalismo atroz, naquela idéia de que não há essências diferentes, onde tudo é mais ou menos igual e a diferença existe apenas no nome que damos às coisas.

Necessariamente, pelo simples fato de haver uma diferença grosseira entre ambos os sexos, há também funções que são melhor distribuídas s a um do que a outro, que inspiram mais virtudes em um do que no outro.

Quando concedemos direitos ou delegamos deveres, necessariamente precisamos de uma autoridade que garanta o o exercício desses direitos e o cumprimento desses deveres, e por isso mesmo deve haver, na própria instituição familiar, um sistema de hierarquia.

Se não admitimos a necessidade dessa hierarquia, voltamos para o nominalismo, onde todos tem a mesma autoridade, e por isso não há mesmo autoridade alguma. E se não há autoridade, não há ordem.

domingo, 2 de julho de 2017

Como Não Conquistar uma Mulher

Hypnos, o deus do sono. Vocês vão entender o motivo ao longo do texto.


Eu sei que tem uma moçada que gosta, mas eu sempre detestei essa história de ter que ler livros específicos para conquistar mulheres. Pensava que se eu não fosse capaz de fazer isso por mim mesmo, é porque eu não merecia ter mulher alguma.

Acho tudo isso de uma covardia extrema, e explico o motivo.

Mulheres em geral são espíritos dispersos, parece que há uma facilidade na mulher em se distrair. Por exemplo, enquanto o homem está prestando atenção no conteúdo de uma palestra, a mulher está vendo se o palestrante está bem vestido, se o relógio dele é bom et cetera.

O mundo feminino como um todo é uma chuva de sugestões que tentam dispersá-la a todo momento, e por mais que ela saiba o que, em tese, ela deveria fazer, é muito difícil aliar a vontade à inteligência -sim, pro homem isso é mais fácil, embora não signifique excelência, muito menos que todos exerçam essa capacidade.

O papel do homem nisso tudo é peneirar os estímulos externos e preencher a mulher com o que é bom, belo e justo. Por isso é sempre dever do homem proteger, proteger a mulher das loucuras do ambiente, dos estímulos mentais sutilmente hipnóticos que nos ocorrem na confusão do mundo.
Todas essas técnicas de linguagem corporal, de trabalho da voz, de construção de físicos 

A elegância: mais que boas maneiras


A elegância não deve ser uma característica puramente externa, mas vir de dentro, fruto da posse completa da própria interioridade. 
Imagino que o leitor esteja disposto a admitir que a dignidade humana é para nós uma questão importante, pois é hoje assunto de inúmeras páginas e discussões. Quase sempre se fala dela como um tema político, relacionado com o respeito a todos, os direitos humanos, como fundamento da ordem jurídica, o como uma exigência moral básica e inalienável que deve ser energicamente defendida para que a sociedade não se desumanize.
Entretanto, poucas vezes se ouve falar da dignidade num enfoque intimista e estético. E seria muito instrutivo. O leitor paciente e sofrido que estiver disposto a acompanhar-me poderá ver, espero, como a dignidade humana envolve também aqueles assuntos que enobrecem ou degradam a pessoa diante de si mesma e, consequentemente, diante dos outros, assuntos que afetam a autoestima de alguém e a consideração que esse alguém recebe daqueles que estão à sua volta. Comportar-se dignamente é algo que se aprende e que tem a ver com uma verdade simples e capital: o feio é indigno e vergonhoso, e deve ser ocultado ou substituído pelo belo e elegante. A presença do belo e do feio em nós mesmos é um componente fundamental da nossa dignidade.
Trata-se de uma questão que nos preocupa mais do que em principio estaríamos dispostos a admitir. O que as pessoas pensam de mim? Como me pareço? Será que não estou horrível? Será que acham que sou burro, velho, ou chinfrim? Alguém notou que a culpa foi minha? O que o meu chefe vai dizer? Vou passar por imbecil?

terça-feira, 23 de maio de 2017

Heitor e Aquiles: dois caminhos para a masculinidade


Para os antigos gregos, a Ilíada de Homero era a Bíblia em Andreia – Isto é, masculinidade, principalmente coragem masculina.

Diziam que Alexandre o Grande mantinha uma edição especial do poema épico (preparado por seu tutor Aristóteles) debaixo do travesseiro durante suas conquistas, e a lia costumeiramente. Para Alexandre, Aquiles era a andreia encarnada, e desta forma o jovem rei moldou sua vida no exemplo dele.

Quando começara sua conquista na Ásia, Alexandre tomou uma rota passando pelo túmulo de Aquiles e lhe prestou homenagem. Toda vez que ele duvidava de si mesmo, rezava à mãe de Aquiles, a Deusa Tétis, por consolação. Quando seu melhor amigo e general, Heféstion, foi morto em batalha, Alexandre lamentou profundamente, tal qual Aquiles, que sofrera por seu melhor amigo, Pátroclo.

Muitos jovens desde Alexandre tem encontrado inspiração em Aquiles, o poderoso e esguio guerreiro. Por que ele encarna um ideal que eles, do fundo de suas vísceras, ardentemente desejam: coragem indomável e potência física.

Ainda que Aquiles seja a perfeita encarnação de andreia, e tenha sobre si toda atenção e adulação, há outro personagem que exemplificou a masculinidade também na Ilíada, e que na realidade provê melhor caminho de como a maioria dos homens pode alcançar tal modelo.

Aquiles: sendo viril

Nada podia parar Aquiles na batalha. Não temia a ninguém, nem mesmo o Rei Agamenon, o líder eleito dos gregos em Tróia.

sábado, 22 de abril de 2017

A VONTADE

A GRANDE GUERRA 
(LE COMBAT DE LA PURETÉ)
PELO PE. J. HOORNAERT, S.J.


17.ª Arma: a vontade

Neste nosso século de moleza e de comodidades, em que os moços, com um tostão, poupam-se a fadiga de cem metros de caminho que deveriam fazer a pé, tomando os carros elétricos, ou o ascensor, para evitar a subida de quarenta degraus, não será demasiado insistir sobre a grande importância da vontade.
Multíplices são as causas que enervam a sensibilidade.
Muito poucas as que contribuem para tornar viril o jovem, dando-lhe a verdadeira robustez.
A sólida formação do carácter e a educação geral da vontade, é que se deveria ter em vista, para toda e qualquer formação dos jovens.
Que fazer de todos esses abúlicos, desses anêmicos, cujo sangue parece carecer de glóbulos vermelhos e abundar de leucócitos?
Convencei-vos de que o menino mais disciplinado, o que tivesse maiores prêmios no colégio e fosse mesmo presidente de Congregação e conquistasse, cada ano, o primeiro prêmio de comportamento, estaria terrivelmente exposto a fraquear, se lhe falhasse a vontade.
Não é verdade? A pureza, sendo uma luta, exige lutadores e não, para repetir uma celebre expressão, “franguinhos piedosos”. São delicadinhos e ternos os frangos, mas, não vedes? que papel desempenham nos combates?!…

Não basta ser alguém ajuizado, é necessário que seja também enérgico e até ardente, pois “nada se faz de grande, sem as paixões”; e para se vingar em qualquer empresa, “é necessário ter o diabo no corpo”. (Tocqueville).
Retomemos, por alguns instantes, o assunto das leituras, encarado sob este aspecto, de que nos ocupamos: o da vontade.

sábado, 28 de janeiro de 2017

A Igreja Católica e o Tabagismo: Uma revisão histórica.

INTRODUÇÃO DO SITE


O presente texto visa mostrar como através dos anos a Igreja tratou com a questão do tabaco. Entenda-se aqui que Igreja tratou através dos anos com o Tabaco puro provindo diretamente da planta, e não do cigarro industrializado como conhecemos hoje, com dezenas de substancias nocivas a saúde e viciantes.
O tabaco in natura por assim dizer, por si só, não causa vícios e não é um substancia ilícita, portanto não é “pecado” sua utilização, contudo não é algo que simplesmente pode ser usado por qualquer um indiscriminadamente, seu uso requer cuidado.
Será tratado aqui as 3 formas de consumo do tabaco: cheirar (pó de fumo ou rapé), mascar (a folha processada) e o fumo direto.

EX FUMO DARE LUCEM
Na época, logo após os exploradores espanhóis conhecerem o tabaco por meio das viagens de Colombo, fumando ou cheirando como os nativos do Novo Mundo faziam - traziam consigo algo de um ar de diabrura porque os nativos viam nele uma conexão com espíritos invisíveis. Para alguns membros mais sinceros do clero missionário, as coroas de sua fumaça e sua ação sobre os espíritos daqueles que se embebiam, eram uma espécie de imitação sacramental dos sacramentos da Igreja, estabelecida no Novo Mundo de antemão pelo Diabo, a fim de impedir a sua evangelização.
Por volta de 1575, sínodos provinciais no Novo Mundo já tiveram que lidar com o fato de que os índios, convertendo-se ao catolicismo, trouxeram a prática de fumar em igrejas durante a liturgia -  fumaça do tabaco, em suas tradições, evocavam os espíritos. Eles ofereciam sua fumaça como incenso, ou misturado em outro incenso. Autoridades eclesiásticas mexicanas proibiram o fumo em Igrejas nas Américas.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Quem pensa não casa

O encontro com uma doutrina, mesmo com uma doutrina que é Pessoa e que se fez Carne, ainda não resolve os nossos problemas. Um encontro não se transforma em núpcias gradativamente e inevitavelmente; entre uma coisa e outra é preciso inserir um elemento decisivo.
 
Há um provérbio de aparência imbecil que diz assim: “Quem pensa não casa.” É costume ver nesse provérbio um encorajamento para se ficar, durante a vida inteira, fechado numa prudência burguesa. Pensar, nesse caso, quer dizer: calcular despesas, prever doenças, avaliar a liberdade perdida em confronto com os novos encargos contraídos. Quem pensar assim não casará; resta-lhe a sabedoria negativa do provérbio para consolo. Não casa, mas pensa. É livre e pensa; é uma espécie de livre-pensador.
Atrás desse sentido comodista, o provérbio encerra uma advertência e sugere que é melhor casar do que ficar pensando. Quando um sujeito, nos caprichos da vida, encontra moça que acha de sua afeição e que lhe corresponde, tem essa alternativa: escolher ou pensar. O escolher é precedido, evidentemente, de um certo pensar; é de toda prudência que se conviva com a moça, que se converse, que se observem umas tantas coisas, antes de decidir a escolha. O homem é dotado de razão também para casar e deve aplicá-la na justa medida.
 
A tarefa não é fácil. A moça se esconde atrás de certas manobras que, no dizer de muitos autores, lhe moram nas glândulas. O pretendente pode estar certo que ela mudará enormemente; não é assim como agora se ri que ela vai rir; não é disso que hoje chora que vai chorar. Seus gestos serão diferentes, sua forma se alterará, e sua própria voz, que tanto agrada hoje, será mais cheia e mais dura no difícil cotidiano. O mais atento leitor de um Bourget ou de um Montherlant se enganará redondamente se quiser fazer previsões psicológicas sobre a esposa escondida na noiva. Assim sendo, é justo que se pense e razoável que se cogite. Mas num certo ponto do conhecer é preciso decidir. Ou escolhe, abrindo mão nesse único ato de todas as outras moças, entregando-se totalmente, correndo todos os riscos, agüentando todas as conseqüências, querendo desde já no seu coração agüentá-las, tendo confiança, pelo pouco que sabe, no muito que desconhece, trocando generosamente o pouco pelo muito, empenhando a vida inteira a vir em cima de alguns meses que já passaram; ou então continua pensando. E se pensa não casa. Não casa porque pode passar a vida inteira pensando. Sondando; sopesando; excogitando. Conheço diversos casos assim, de namoros tristes que duraram mais de vinte anos: o noivo pensava. Num caso desses, em vez de festa de núpcias houve luto, porque o noivo morreu pensando ...
 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Vida intelectual versus vida de curiosidade

(Esta conferência foi proferida na Jornada de Formação do MJCB em 2012. Apresentamos aqui a sua transcrição).
 Pe. Luiz Cláudio Camargo FSSPX
A obra que estamos propondo realizar em nossos priorados consiste exatamente na idéia da universidade: versus unum. A universidade é a reunião de todas as faculdades, iluminadas pela Teologia. A nossa vida precisa alcançar essa unidade mais elevada, e o lugar privilegiado para isso, na situação em que nos encontramos hoje, são os nossos priorados.
Quero comparar aqui os elementos normais da vida intelectual — o ato, a estrutura da vida interior — com a sua deformação. Gostaria de comparar a vida intelectual com a vida de curiosidade, e daí tentar tirar os conselhos práticos para a vida especulativa. 
Pode-se dizer que há duas partes no esforço intelectual. Em primeiro lugar, há o que se pode chamar de studium, o estudo. Em latim, a palavra studium significa esforço. É interessante notar que toda a primeira parte, a do esforço intelectual, por causa da união e da relação entre o corpo e a alma, é necessária para se chegar ao ato específico em que a inteligência enxerga o seu objeto. Ela exige um esforço muito grande. O modo pelo qual chegamos ao conhecimento é um modo laborioso, chamamo-lo de modo racional. É necessário ruminar até se chegar ao saber. Em seguida, temos um ato próprio, específico, e o efeito próprio pelo qual a inteligência vê o seu objeto, alcança-o, pode ser chamado de gaudium. Então, alcança-se a idéia e a alma repousa. 
Veremos quais as condições desses três passos numa vida intelectual normal, e a sua deformação numa vida de curiosidade.
A primeira consideração, nessa primeira etapa do studium, é a de que, como já se viu, não tratamos de uma atividade qualquer na vida do homem, mas da sua própria essência. Por isso falamos de uma vida intelectual, e não simplesmente de uma atividade intelectual. É, portanto, necessário organizar a vida, é necessário colocar o saber como o princípio que organizará toda a vida.
Se observarmos atentamente, veremos que essa organização da vida nos é dada pelas circunstâncias. Deixamo-nos arrastar por elas e, assim, tornamos impossível a vida intelectual. A maneira moderna de viver impossibilita a vida intelectual e por isso devemos lutar, puxar a espada e nos organizar, dispor os elementos da nossa vida.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

RELIGIOSIDADE VARONIL

Muitos jovens se afastam da vida religiosa ao verificarem o contraste entre a aparente religiosidade exterior de alguns companheiros e sua esterilidade espiritual. Outros, trazem a prática da religião demasiado sentimento e por seu sentimentalismo fazem com que a religiosidade seja mal interpretada pelas pessoas sérias. Religiosidade é o culto de Deus conjuntamente prestado pela razão, o coração e a vontade. O coração ou sentimento tem, pois, também seu papel, mas um elemento não deve demasiar-se em deferimento dos outros dois. Da religiosidade exageradamente sentimental pode-se dizer o que, infelizmente, alguns afirmam de toda a religiosidade: ela é própria só para o povo e as mulheres.

Como? A religião é boa somente para o povo e as mulheres? Para os cultos, inteligentes homens modernos não serve? — Certo que serve! A religiosidade bem compreendida, real, varonil, serve e sem contestação!

E quando será ela, real e varonil?

Podem alguns ter idéias de religião adulterada quanto o quiserem; não poderão negar que ela é um dos mais belos ornatos que constituem a verdadeira nobreza do homem.

Em nossos tempos, tentaram tirar à religião sua autenticidade, e substituí-la por diversas especulações científicas; em vão! Onde se atacou a religião, começou a decadência da virtude, da honestidade, do sentimento do dever, da consciência, do caráter, — numa palavra, dos mais belos ideais da humanidade. Podemos buscar exemplos na história dos antigos gregos, dos romanos e outros povos. Ali, a vida dos próprios sábios, que procuravam tudo o que era bom e nobre, não se isentava de falhas, porque eles não conheciam a ver dadeira religiosidade.

Mas, que é a verdadeira religiosidade?

terça-feira, 7 de junho de 2016

Chamados ao Combate

Um curta metragem produzido pela diocese de Phoenix nos EUA, sobre a crise na sociedade que estamos enfrentando por conta de uma masculinidade deficiente.

A Cruz do casamento


Pense num mundo sem divórcio. Pense em famílias que não se separam. Pense na ausência de crianças machucadas ou corações dilacerados.

Traduzido do original por Rogério Schmitt.

O casamento é a vocação mais desafiadora que existe, e o divórcio está aumentando em toda parte. Mas há uma cidadezinha na Europa que é uma exceção – uma notável exceção – a esta estatística perturbadora.

Na cidade de Siroki-Brijeg, na Bósnia e Herzegovina, nenhum divórcio ou família separada jamais foi registrado entre os seus mais de 26 mil* habitantes! Qual seria o segredo do seu sucesso?

A resposta é a bela tradição matrimonial do povo croata de Siroki-Brijeg. Na verdade, a tradição croata de casamento está começando a chegar ao resto da Europa e aos Estados Unidos, especialmente entre católicos devotos que perceberam as bênçãos que ela confere!

O povo de Siroki-Brijeg sofreu cruelmente por séculos, pois a sua fé cristã sempre foi ameaçada, primeiro pelos turcos muçulmanos e depois pelos comunistas. Eles aprenderam, por experiência própria, que a fonte da salvação chega através da Cruz de Cristo! Ela não chega através da ajuda humanitária, dos tratados de paz ou dos planos de desarmamento – ainda que essas coisas possam trazer benefícios limitados.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Ana Hickmann e a urgência da masculinidade

Se tomássemos cuidado com as palavras, arte esquecida no Brasil, diríamos que a tentativa de assassinato de Ana Hickmann no fim-de-semana está sendo tratada como uma fatalidade. Ou seja, como uma inexorabilidade do destino, um determinismo, um caminho obrigatório da vida com o qual alguns, por azar, acabam por cruzar.
Apesar de discussões sobre temas como a violência serem freqüentes, assim que o chamado à realidade de um caso concreto como o que quase tirou a vida da modelo e apresentadora se deslinda diante de nossos olhos, refugiamo-nos de nossas próprias idéias, ao abrigo sagrado e onipresente da culpa no acaso inevitável. Ana Hickmann e demais vítimas de violência se tornam meras estatísticas.
Ignoramos-nos rapidamente da lição de Richard M. Weaver, de que idéias têm conseqüências, furtando-nos a encarar algum resultado inesperado de nossas tão imodestas pretensões para toda a sociedade.
Ana-hickmann-jewelryAna Hickmann foi vítima de um maníaco com claros sinais de esquizofrenia, que criou um mundo à parte em sua cabeça onde ambos viviam um romance cifrado. É uma espécie de Eldorado, Annwn ou Sião imaginária, onde tudo é perfeito e as dores da existência terrena são dissipadas. O que para um indivíduo é uma doença mental, para intelectuais é uma ideologia abraçada em massa, e os céticos desta Neverland são considerados traidores.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

VIRTUDE, VIR, VIRILIDADE = HOMEM

A leitura das fontes primárias conduz o historiador a um outro nível, distante da bibliografia, das (distintas) posições dos historiadores, mais próximo do tempo estudado, da vida do passado. Os romanos prezavam o conceito de “virtude”. Em um mundo em que as pessoas estavam acostumadas à dor física, o que em última instância distinguia o homem da mulher era, para Cícero (106-43 a. C.), a coragem, que, por sua vez, se baseava em duas atitudes: o desprezo da morte e resistência à dor.

“Então tu, depois de veres os espartanos, os adolescentes em Olímpia, os gladiadores bárbaros no nosso anfiteatro sofrerem os mais duros golpes sem soltarem um gemido, se acaso sentires alguma pequena dor vais pôr-te a choramingar como uma mulher, em vez de a aguentares com calma firmeza? Impossível!” CÍCERO, Diálogos em Túsculo, Livro II, XX 46.

PERGUNTA: O que os romanos diriam de nosso mundo?

IMAGEM: Retrato de um homem (c. 50 a. C.). Bronze com olhos de marfim, 38,1 cm. Metropolitan Museum, New York, EUA.

Por Ricardo da Costa

domingo, 15 de maio de 2016

A figura paterna e seu indispensável papel na educação dos filhos e filhas

Além das funções tradicionais designadas aos homens como provedores do lar e figura paterna no desenvolvimento dos filhos, a vida do século 21 lhes confiou novas tarefas, que os levam a envolver-se mais ainda na família.

O papel do pai deu um giro positivo em muitos aspectos. No geral, o pai, hoje, tem as mesmas responsabilidades que a esposa no lar: está junto na criação dos filhos, faz compras, troca fraldas, ajuda nas tarefas escolares, transporta as crianças etc.

Isso se deve, em parte, à inclusão da mulher no mundo do trabalho, o que deu ao pai a possibilidade e obrigação de assumir novas funções dentro da família. As grandes beneficiadas desta mudança são, certamente, as esposas, ao trabalhar em equipe com seus maridos, filhos e a família inteira, como instituição e base da sociedade.

Por isso, dadas as circunstâncias da vida moderna, os homens têm algumas prioridades:

1. Uso do tempo

O equilíbrio entre família e trabalho é uma das maiores dificuldades dos pais. Muitos reclamam da falta de tempo para estar com os filhos, pois, na verdade, é algo que querem fazer. Frente a este desafio, vale a pena recordar a máxima: “Trabalhamos por eles e para eles, não os percamos no caminho”. Dessa maneira, a prioridade volta a ser a família, e o trabalho ocupa o lugar que lhe corresponde.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O corpo bem adestrado

Não duvido que tenhas mais de um vez ouvido a frase que nos vem da antiguidade: “Mens Sana in corpore sano”. Quisera fazer-te notar a este respeito que, não somente o corpo são e bem adestrado é precioso auxiliar que nos ajuda a bem cumprir nossa missão neste mundo, mas também que a alma jovem dispõe-se com maior facilidade a se transformar num caráter e a permanecer firme num corpo bem aguerrido, bem exercitado, bem destro, do que num montão de carne gorda, mole e preguiçosa. Faz exercício de ginástica e de trabalho físico todos os dias, mormente nos anos de adolescência, a partir dos 13 ou 14 anos; é ainda um bom meio para conseguir assegurar a pureza de alma. O jovem que cuida todos os dias de fadigar não somente o espírito, mas também o corpo, estará muito menos exposto às tentações do que o moço ocioso e indolente. O corpo amimado, afagado e farto de gulodices embriaga-se com a sua importância: nada mais natural. Quer ser o senhor, quer reinar, torna-se exigente e, golpe sobre golpe, envia o assalto e artilharia das tentações sensuais contra a pobre alma.

O corpo é inimigo em nossa própria casa: sempre pronto ao mal, cheio de displicência pelo bem. Contudo, se tomares cuidado de bem exercitar, de disciplinar, de domar em todos os sentidos esse lobo esfaimado _ numa palavra, se o obrigares a fazer um bom exercício de ginástica todos os dias, _ verás que ele desiste de suas pretensões impudentes.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

A masculinidade roubada

ESCRITO POR ALBERTO MANSUETI 
Em “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”, publicado em 1884, ano seguinte à morte de Marx (1883), Friedrich Engels mostrou aos marxistas que o capitalismo está estritamente ligado à família. Portanto, para destruir o capitalismo, é necessário destruir a família.
O século 20 pode ser chamado de “século do marxismo”: todos os países do mundo, quase sem exceção, foram aplicando todas e cada uma das dez medidas econômicas enumeradas por Marx e Engels no “Programa mínimo” do Manifesto Comunista de 1848, capítulo 2. Assim o capitalismo foi eliminado em muitos países, e em outros foi seriamente mutilado, e tolhido em sua capacidade de gerar riqueza, em especial para os mais pobres.
Primeira consequência: o salário normal de um trabalhador ou empregado não é suficiente para sustentar uma família, e cada lar necessita de pelo menos dois salários para subsistir. Segunda consequência: o trabalho da esposa já não é uma opção livremente escolhida, para realizar-se fora do lar, em seu negócio, ofício, profissão ou atividade lucrativa, mas uma obrigação premente, por causa da escassez material, em razão da aplicação do marxismo clássico ortodoxo à economia.
Em uma economia capitalista, o trabalho fora do lar seria para cada mãe uma opção, não um fardo. E ao escolhê-la, tal ingresso permitiria que encontrasse paliativos para sua ausência momentânea de casa, sem conflitos; porém isso é impossível quando tal fato é absolutamente necessário, dada a insuficiência do ingresso apenas do marido em uma economia não capitalista, pouco eficiente e pouco rentável. Assim, são inevitáveis os conflitos domésticos, causando disfunções e rupturas familiares em massa. Gol do marxismo!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Os Homens do Faroeste: Valores Masculinos Através de Filmes



Fonte [*]

Tradução: Direita Realista


Na época do desbravamento do oeste americano, principalmente entre 1860 até o fim do século, um herói poderia surgir de uma pequena história que percorre grandes distâncias. Um homem podia se tornar uma lenda atirando em outro homem pelas costas, apenas para ser reconhecido como “o gatilho mais rápido” porque um bêbado viu o ocorrido de um ângulo errado, ainda assim seria referido como um homem bravo ou poderoso por causa de boatos.


O surgimento das “lendas” é um tema bem influente e bastante usado em filmes de faroeste, até os dias de hoje com o lançamento de 3:10 to Yuma, dirigido por James Mangold, um filme sobre um homem que está tentando provar seu valor para sua família e para si mesmo. Essa fórmula atua como uma trama central em diversos filmes de faroeste, com homens “construindo a sua própria reputação” e então a discussão do quanto de verdade há em suas histórias, o quanto suas vidas eram honestas, e o que garantiu seu lugar na memória dos outros que conviveram com eles.


No entanto, isso também é uma demonstração em potencial do que é ser homem em tal situação — o que é respeitado e o que é temido na época da história é sempre usado como pano de fundo de um personagem nesses contos. Servindo ao propósito da discussão do que caracteriza um homem, os filmes de faroeste são o parametro perfeito para revisar o que um homem da sociedade moderna, da época de lançamento do filme, é ou foi.

segunda-feira, 28 de março de 2016

A EDUCAÇÃO DA VONTADE


Três coisas têm grande influência sobre a vontade: o sentimento, a imaginação e o temperamento. Não somos totalmente senhores deles; o “livre arbítrio” do homem não é, pois, completo em nós. Tu mesmo deves ter notado que um dia te levantas triste e abatido, e que no dia seguinte, ao invés, estás tão alegre que terias vontade de dançar; e não podes dizer a razão nem do abatimento de ontem, nem da alegria de hoje.

O mesmo ocorre com a imaginação. De repente, e sem causa alguma, as recordações de um acontecimento passado emergem na tua memória, ou entãopor sob os vincos da tua fronte, idéias absurdas e imagens enganadoras se desenham. Donde vêm? Por que é que se apresentam naquele minuto preciso? Não saberias dizê-lo … E é de frequente que a nossa imaginação assim nos jogueteia, é a miúdo que nos mostra dificuldades imensas e obstáculos insuperáveis no caminho dos nossos trabalhos, para nos desgostar deles. Se tens um dente para mandar extrair ou tratar, não é o trabalho do dentista que é o mais doloroso; é a meia hora que passas na sala de espera, deixando livre campo à tua imaginação que te mostra, exagerando-o atrozmente, o sofrimento que te aguarda.

Pois bem, meu filho, se não somos totalmente senhores dos nossos sentimentos e da nossa imaginação, cumpre-nos entretanto tentar estender o reino da nossa vontade até à atividade deles; cumpre-nos velar sobre os sentimentos e tomar as rédeas à imaginação. Acordaste de mau humor? Não importa! Trata de sorrir e de cantar, já estarás vitorioso, – em parte ao menos.


Tens um trabalho de álgebra que fazer. Tua imaginação pinta-o sob imagens assustadoras: “Escuta, esse problema é tão difícil que vais suar frio!” Pois bem , contradize-a! Dize-lhe: “Não é verdade! És uma mentirosa, minha querida imaginação! A solução não é tão terrível assim; tu aumentas as dificuldades; para que pareçam maiores do que são … pois afronto-as”.