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sábado, 19 de março de 2016

Solenidade de São José

Ite ad Ioseph, et quidquid ipse vobis dixerit, facite — “Ide a José e fazei tudo que ele vos disser” (Gen. 41, 55).

Sumário. Aos outros Santos Deus concedeu o poderem proteger numa necessidade especial; mas a São José, como atesta a experiência, concedeu o ser protetor em todas as necessidades. O nosso Santo não somente tem vontade de auxiliar-nos, mas de certa maneira obrigação, pois que por nossa causa foi ele elevado a sua alta dignidade. Imaginemos portanto que o Senhor, vendo as nossas aflições, nos diz o que o Faraó disse ao povo do Egito no tempo da fome: Se quiserdes ser socorridos, ide a José!
I. Deus concedeu aos demais Santos o serem protetores numa necessidade especial; mas a São José concedeu o ser protetor universal. Assim disse Santo Tomás, e Santa Teresa acrescenta que a experiência assim o demonstra. Socorrer em todas as necessidades quer dizer que São José socorre a todos que se lhe recomendam. Prova evidente disso acha-se na ordem da Igreja que de todos seja realizado o Ofício do Patrocínio de São José, onde se diz: Sperate in eo, omnis congregatio populi, effundite coram illo corda vestra (1) — “Esperai nele, toda a congregação do povo; derramai diante dele os vossos corações”.
O nosso Santo nos socorrerá não somente por inclinação de vontade, mas ainda de certa maneira reconhece-se obrigado a proteger todos os fiéis, e especialmente os que a ele recorrem; porquanto é por causa deles que recebeu a honra insigne de fazer às vezes de pai junto a Jesus. Se não fora necessária a Redenção, São José ficara privado de tão grande honra. Tendo-lhe Deus recomendado o cuidado do Redentor, encarregou-o no mesmo tempo do cuidado de todos os remidos, a fim de que nos assista e nos ajude a conseguirmos o fruto da Redenção, que é a salvação eterna.
Quão poderoso é o patrocínio de São José, avalie-se pelo fato que, juntamente com Maria, gozou da familiaridade mais íntima de Jesus Cristo. Os validos mais íntimos dos monarcas terrestres têm mais influência para obterem graças. Devemos por isso crer que, como a santidade de São José, exceção feita da de Maria, excede a de todos os demais Santos, assim a intercessão de São José, depois da de Maria, é mais poderosa para com Deus do que a intercessão de qualquer outro Santo.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Quem é São José?

O mais santo, o mais ilustre e o mais perfeito homem que já vira o mundo, a criatura mais perfeita saída das mãos de Deus, depois de Maria.
Quem foi São José? O mundo o conhece e a história registra seus feitos heroicos? Não. O Evangelho, até mesmo o Evangelho, é parco em notícias, e fala pouco de São José.
E, no entanto, o mundo não vira maior nem mais perfeita criatura. Acima dele só Jesus e Maria. Abaixo, todos os homens, ainda os maiores Patriarcas e profetas da Antiga Lei, os maiores santos da Nova Lei.
Criatura singular e privilegiada! O Pai adotivo de Jesus Cristo, nosso Deus, e Esposo castíssimo de Maria, Mãe de Deus! Não se pode acrescentar nada mais a isto.
O Santo Patriarca fora predestinado por Deus, estava no plano divino da Encarnação. Jesus havia de nascer de uma Virgem, Maria Imaculada, e esta Virgem Puríssima seria esposa do castíssimo e santíssimo São José.
“Ad virginem desponsatam viro ciu nomen erat Joséph”. O anjo Gabriel, diz São Lucas – (cap. I, 20) – fora enviado a uma virgem desposada com um varão que se chamava José.
Estas simples palavras do Evangelho definem São José, sua missão na terra e os singulares e sublimes privilégios que o adornaram.
O Anjo anuncia à Virgem o mistério adorável da Encarnação, e ligado a este mistério, o nome de São José. Era o esposo virginal da Mãe do Verbo. Seria o Pai adotivo, o guarda, o sustentáculo do Salvador do mundo.
Seria chamado Pai do Pai de todas as criaturas. Amparo de quem ampara o Universo. Senhor e Governador do Senhor dos senhores, do Rei dos reis. Este é São José.
O Evangelho o chama e define também – O Justo. “Joseph cum esset justas… José como
era justo…”.
Eis ai, pois, quem é São José: Esposo de Maria. Pai adotivo de Jesus. O maior dos Santos. O justo.

terça-feira, 1 de março de 2016

Março, mês dedicado à São José!



A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.

sábado, 2 de janeiro de 2016

A predestinação de São José e sua eminente santidade

"Qui minor est inter vos, hic major est.” (Luc., IX, 48)


Não se pode escrever um livro sobre a Santíssima Virgem sem falar da predestinação de São José, de sua eminente perfeição, do caráter próprio de sua missão excepcional, de suas virtudes e de seu atual papel na santificação das almas.

Sua preeminência sobre todos os outros santos cada vez mais afirmada na Igreja

A doutrina segundo a qual São José é o maior dos santos depois da Virgem Maria tende a tornar-se uma doutrina comumente aceita na Igreja, que não teme declarar o humilde carpinteiro superior em graça e em beatitude aos patriarcas, a Moisés, aos maiores dos profetas, a São João Batista, e também aos apóstolos, a São Pedro, a São João, a São Paulo, e por mais forte razão superior em santidade aos maiores mártires e aos maiores doutores da Igreja. O menor, por sua profunda humildade, é em razão da conexão das virtudes, o maior pela elevação da caridade: “Qui minor est inter vos, hic major est” (Luc. IX, 48).

Essa doutrina é ensinada por Gerson1 e por São Bernardino de Sena2. A partir do século XIV, torna-se cada vez mais corrente, é admitida por Santa Teresa, pelo dominicano Isidoro de Isolanis, que parece ter escrito o primeiro tratado sobre São José3, por São Francisco de Sales, por Suárez4, mais tarde por Santo Afonso Maria de Ligório5, mais recentemente pelo cônego Sauvé6, pelo cardeal Lepicier7 e por M. Sinibaldi8; essa doutrina está bem exposta no Dicionário de Teologia Católica, no artigo Joseph (saint),  por A-M. Michel.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

01 de maio - Dia de São José Operário

Em 1955, o papa Pio XII instituiu a festa de São José Operário, no dia 1º de Maio - dia em que mundialmente se comemora o trabalho - para ressaltar a nobreza do trabalho, ficando o exemplo de José como aquele a ser seguido por todos os trabalhadores cristãos. Desta forma, o papa homenageia o exemplo de homem laborioso e honesto, fiel à palavra de Deus, obediente e justo.
Leão XIII, na encíclica Rerum Novarum, nos lembra que "os operários e os proletários têm como direito especial o de recorrer a São José e procurar imitá-lo. José, de fato de família real, unido em matrimônio com a mais santa e a maior entre todas as mulheres, considerado como o pai do Filho de Deus, não obstante tudo passou a vida a trabalhar e tirar do seu trabalho de artesão tudo o que era necessário ao sustento da família."
Que o exemplo de José nos anime e inspire a santificarmos nossas vidas com nosso trabalho.
Oração do Trabalhador:
Jesus, divino operário e amigo dos operários, volvei vosso olhar benigno sobre o mundo do trabalho. Nós vos apresentamos as necessidades dos que trabalham intelectual, moral e materialmente. Bem sabeis como são duros nossos dias, cheios de canseiras, sofrimentos e explorações.
Vede as nossas penas físicas e morais, repeti o brado do vosso coração: "Tenho dó deste povo." E confortai-nos pelos méritos e intercessão de São José, modelo dos operários e trabalhadores.
Dai-nos a sabedoria, a virtude e o amor que vos alentou nas vossas laboriosas jornadas. Inspirai-nos pensamentos de fé, de paz, de moderação, de economia, a fim de procurarmos com o pão de cada dia, os bens espirituais e o céu. Livrai-nos dos que, com enganos, intentam roubar-nos a fé e a confiança na vossa Providência. Livrai-nos dos exploradores que desconhecem os direitos e a dignidade da pessoa humana. Inspirai leis sociais que estejam de acordo com as encíclicas pontifícias. Fazei que todos entrem nas organizações cristãs do trabalho. Reinem juntas a caridade e a justiça com a sincera colaboração das classes sociais. Convertei os exploradores do operário pobre. Que todos tenham o vigário de Cristo por mestre da única doutrina social que assegura ao operário uma gradual e satisfatória melhoria, e o Reino dos céus, herança dos pobres. Amém.

sábado, 22 de março de 2014

São José e o amor da vida escondida

O quanto fala alto o silêncio da vida de São José, escondida aos olhos dos homens, mas resplandecente diante de Deus


Pouco diz a Sagrada Escritura sobre a vida do pai nutrício de Jesus, São José, cuja solenidade é celebrada hoje pela Igreja universal. Ela limita-se a citar a sua genealogia [1], o fato de que era "justo" [2], o sonho no qual recebeu a visita de um anjo [3], a sua profissão [4] e a paternidade que ele verdadeiramente exerceu junto de Jesus [5]. Nada mais. E, se isso pode levar algumas pessoas a desprezar o valor e a virtude desse grande santo, é porque não consideraram o quanto fala alto o silêncio de uma vida oculta aos olhos dos homens, mas resplandecente diante de Deus.

É importante considerar, em primeiro lugar, a grandeza dos bens que Deus colocou nas mãos de São José, para apreciar com justeza o valor de seu escondimento. A providência quis que esse homem fosse depositário fiel da virgindade perpétua de Maria Santíssima, sua esposa; do menino Jesus, o próprio Deus feito homem; e – não fossem os dois o bastante – do segredo da encarnação do Verbo. Uma vida toda passada ao lado de Jesus e Maria e tão poucas palavras ditas a seu respeito, nenhuma palavra saída de sua boca... Como isso é possível?