Pier Giorgio Frassati nasceu em Turim, Itália, 1901. Filho de mãe pintora e pai político liberal. Estudou em escola dirigida por jesuítas, onde veio a se associar à Congregação Mariana e ao Apostolado de Oração, nestes ambientes nasceu no jovem rapaz um espiritualidade sustentada na Virgem Maria e na Eucaristia, passando a comungar todos os dias. Logo entrou para a Ordem Terceira Dominicana e para Associação São Vicente de Paulo para se dedicar ao cuidado dos mais necessitados.
Em 1919 se tornou membro da Federação de Estudantes Católicos e da Ação Católica, bem como para o Partido Popular que tinha uma atuação política de acordo com os ensinamentos da Igreja.
Adorava praticar esportes, entre eles o alpinismo era seu preferido. Não deixava a cultura de lado, frequentava teatros, óperas e museus.
Por causa da sua dedicação aos pobres contraiu poliomielite, falecendo no dia 4 de julho de 1925, aos 24 anos de idade.
Carta de Pier Giorgio ao amigo Isidoro
Turim, 27 de fevereiro de 1925
"...cada dia mais, eu compreendo que grande Graça é ser Católico. Pobres desgraçados os que não tem uma Fé: viver sem uma Fé, sem um patrimônio para defender, sem sustentar uma luta contínua pela Verdade não é viver, mas fingir que se vive. Não devemos "ir levando" a vida, mas vive-la de fato, porque mesmo diante de todas as nossas desilusões temos que nos recordar que somos os únicos que poussuem a Verdade, que temos uma Fé a sustentar, uma Esperança a alcançar: a nossa Pátria. Por isso, me previno de toda melancolia que recae sobre os que perdem a Fé. As dores humanas nos ferem, mas se são vistas sob a luz da Religião e, portanto, da Entrega, tais contratempos não nos serão nocivos, mas salutares, pois nos purificam a Alma das pequenas e inevitáveis manchas das quais, nós homens, por nossa natureza ruim, tantas vezes nos maculamos".
Carta de Pedro Jorge ao amigo Marco
“Querido Marco, pecado que empenhos sérios te prendam em Livorno; caso contrário você certamente estaria conosco para dividir as alegrias e os inconvenientes de um acampamento há 2500 metros de altura, em pleno frio do mês de novembro. Fomos com a intenção de acampar em Bessanese. Quando chegamos a Balme e vimos a rocha cheia de neve, nos pareceu imprudência partir para Bessanese. Perdemos assim, quase duas horas até Balme e estávamos há duas horas do alojamento. Depois do Planalto dos Mortos, a neve começou a cair cada vez mais gelada e precisamos prosseguir com lentidão, porque não tínhamos as mãos livres para nos apoiarmos nas picaretas. O cansaço e a incerteza nos aconselharam a acampar ali mesmo. O bom amigo Ceruti se deu ao trabalho de providenciar o acampamento, encontrando uma rocha sobre a qual estava um teto pendente, onde se declinava um pouco de neve. Escavamos, então, um pequeno apartamento composto dos seguintes cômodos: um quarto de dormir para três, sala de jantar, cozinha, recepção, grande corredor com sacada, onde se podia gozar de uma magnífica vista que unia nosso apartamento com o apartamento número 100. O nosso magnífico apartamento media 1,50 metros de profundidade, 50 centímetros de largura e 40 centímetros de altura. O aquecimento estava com defeito mas, em compensação, a ventilação era muito boa e os ditames da higiene foram fiel e rigorosamente observados. Saudações terrorísticas! Robespierre (apelido)”
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