Douglas W. Phillips
Alguns dos homens solteiros mais masculinos e visionários que conheço passam tempo em companhia de bebês e crianças pequenas. E eles adoram isso. Eles amam abraçá-los, brincar com eles, e se regozijar perante a esperança que aquela nova vida representa.
Alguns dos homens solteiros mais masculinos e visionários que conheço passam tempo em companhia de bebês e crianças pequenas. E eles adoram isso. Eles amam abraçá-los, brincar com eles, e se regozijar perante a esperança que aquela nova vida representa.
Fazem isto porque rejeitaram a cultura do individualismo radical que ensina os homens a verem suas vidas isoladas da família e da comunidade cristã. Fazem isto porque têm à sua volta outros homens — já casados e pais — que falam da aliança, de uma geração fiel, e da responsabilidade dos homens de suscitar uma semente piedosa.
Reconhecem que sua própria missão como homens estará relacionada — muito provavelmente — com seu papel de pai. Como homens solteiros, se preparam para a paternidade e começam a orar pelos filhos que o Senhor decidirá enviar-lhes. Reconhecem que filhos são uma rica benção a ser grandemente desejada por qualquer homem que seja, digamos... homem!
Para essa nova geração de homens, os bebês são um lembrete de que são descendência e deixarão descendentes. Eles lhes trazem à mente suas prioridades em Cristo. A presença de crianças na vida dos homens solteiros é um encorajamento à visão do Salmo 127 de que um dia sua própria família será poderosa na terra. Bebês são um lembrete de que nossos pais espirituais, a exemplo de Abraão, foram homens que alimentavam fortemente a esperança de ter filhos. Crianças nos lembram de que o maior exemplo de masculinidade em toda a história repreendeu outros homens que impediam as criancinhas de se aproximar dele (Marcos 10.14).
O resultado é que os homens solteiros que vivem rodeados de bebês e de uma cultura familiar sentem-se altamente motivados a estabelecer e dirigir biblicamente sua própria família. Experimentam uma pressão positiva e santa da parte de outros homens para deixar de lado as coisas pueris e infantis e dedicarem-se por inteiro às coisas de homem. Isto significa que devem se preparar profissionalmente (Provérbios 24.27) para iniciar suas próprias famílias e terem filhos. Malaquias 2.14 nos lembra que “homens de verdade” reconhecem que a busca de uma semente santa não é algo fortuito. É uma das principais razões apontadas pelo Criador para o matrimônio. Por todas essas razões, a presença de bebês na vida de homens solteiros não somente amolece seus corações para perceberem a preciosidade que são as crianças, mas os motiva a serem homens de Deus.
Em contraste, as culturas individualistas priorizam estilos de vida cuja tendência é incutir nos homens jovens sentimentos contrários aos saudáveis e viris conceitos a respeito de crianças e filhos. Nem todas as expressões de individualismo são inerentemente erradas, mas o efeito delas tem sido devastador para nossa visão dos bebês e da paternidade. Por exemplo, a tendência moderna da formação educacional sem fim acaba dando aos homens uma visão de mundo associada à vida estudantil de “pensionato”, adiando o matrimônio cada vez mais e mais. A Bíblia encoraja os maridos a se alegrarem com a mulher da sua mocidade, e é por isso que a cultura cristã, de forma consciente, prepara os homens para o matrimônio e a liderança familiar desde muito cedo, não no fim da vida.
Culturas individualistas fomentam o materialismo, o grande inimigo de uma masculinidade madura. Materialismo é veneno para o homem solteiro. O sucesso se define como a aquisição de bens, ao invés de definir-se como a obediência e busca de objetivos espirituais. Casamento e filhos são comumente vistos como um obstáculo à liberdade pessoal. Além disso, o materialismo acostuma os homens a exigirem gratificação imediata. Isto conduz a uma sexualidade distorcida, ao endividamento, e mesmo à impaciência e ira. Em contraste, as culturas que impulsionam os homens a lidar com bebês e filhos tendem a encorajar neles o auto-sacrifício, a paciência e a benevolência.
Culturas individualistas, por natureza, produzem famílias fragmentadas. O que acontece é que os corações de nossos homens solteiros acabam se envolvendo na cultura destrutiva de seu tempo, em lugar de envolverem-se em uma comunidade cristã equilibrada, composta de muitas gerações familiares.
A verdade simples é esta: Quanto mais distantes os homens estiverem dos bebês, mais egoístas se tornarão. Os homens solteiros precisam envolver-se em assuntos de homem. Precisam da companhia de homens firmes e da influência de homens mais velhos e mais sábios ao seu redor. Mas também precisam estar rodeados de bebês.
Francamente, os homens foram projetados para batalhas, mas necessitam saber a razão pela qual batalham. Eles lutam pelo Rei e pelo Seu Reino. Essa luta inclui a defesa das mulheres e dos pequeninos que nossas esposas trouxeram ao mundo (Neemias 4.14). Mas como nossos homens saberão a preciosidade do tesouro que têm de salvaguardar se jamais cultivaram seu amor pelos bebês e pelas criançinhas?
Precisamos de homens que aprendam desde cedo que crianças são um tesouro. Os homens que amam as crianças tendem a ser mais visionários, estáveis e altruístas. Precisamos de uma nova geração de jovens homens visionários. Jovens homens visionários aspiram por vidas com um significado que transcende o aqui e agora. É por isso que precisamos de bebês nas mãos dos nossos jovens varões e de falar-lhes dos verdadeiros sonhos e aspirações do homem justo (Salmo 112, 127, 128).
Tradução: Márcio Santana Sobrinho
Fonte: Julio Severo
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