quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Frivolidade: uma "doença do caráter"

Um homem precisa ter caráter se quiser ser homem realmente. E caráter é ter personalidade, é lutar pelo que acredita - por Deus, Autor da vida; pela sua vida própria, pela mulher que ama, e por uma infinidade de coisas que cada um conhece.

Caráter envolve firmeza, é ser viril em suas decisões, é dominar-se a si mesmo - pois este é o domínio mais difícil de se conseguir, e portanto o mais honrado.

Só assim se pode ser homem - macho! - realmente. Homem que é Homem precisa ser Homem de caráter. Senão não é Homem. Simples assim!

O caráter deveria ser o sobrenome do Homem: um sinal constante de que ele é o que é, de que cumpre com a vocação à qual Deus lhe chamou no instante da concepção - a vocação de ser macho. Ele não só aparenta ser: ele é!

A doença da falta de caráter nos dias atuais é degradante. Uma vergonha para os homens de nossa geração. Dá-se desculpas para tudo: para não trabalhar, para não ter um compromisso sério, para sair com mil mulheres e não amar nenhuma delas, para não ir à Igreja - nunca! -, para tratar os outros com vileza e desonestidade. Todas desculpas de homens que não são homens realmente - porque não têm caráter.

Por causa destas desculpas que desviam do caminho São Josemaría Escrivá ensinava:
"Pretextos. - Nunca te faltarão para deixares de cumprir os teus deveres. que fartura de razões... sem razão! Não pares a considerá-las. - Repele-as e cumpre a tua obrigação" (Caminho, n.21).


"Desculpa própria do homem frívolo e egoísta: 'Não gosto de comprometer-me com nada'" (Sulco, n. 539).
A frivolidade é uma enfermidade entre os homens modernos. Este não querer assumir compromissos, este desrespeitar os que já foram assumidos, este ser mudano, sem domínio sobre si mesmo... tudo isto é frivolidade. E não há coisa que torne os homens menos homens e mais bestas do que ela.

São Josemaría advertia contra essa "doença do caráter":
"Não caias nessa doença do caráter que tem por sintomas a falta de firmeza para tudo, a leviandade no agir e no dizer, o estouvamento..., a frivolidade, numa palavra. Essa frivolidade, que - não o esqueças - torna os teus planos de cada dia tão vazios ('tão cheios de vazio'), se não reages a tempo - não amanhã; agora! -, fará da tua vida um boneco de trapos morto e inútil" (Caminho, n.18).

"Assim, bobeando, com essa frivolidade interior e exterior, com essas vacilações em face da tentação, com esse querer sem querer, é impossível que avances na vida interior" (Sulco, n.154).
Um Homem não pode permanecer a "bobear". A frivolidade não merece cultivo. O Homem, se quiser vencer esta enfermidade do caráter, precisa assumir-se como Homem, e em conseqüência assumir os compromissos para os quais é chamado: com Deus, com a Igreja, consigo mesmo, com sua santificação pessoal, com sua família, com seu trabalho e profissão, com seus estudos, etc.

Somente a vitória da frivolidade poderá abrir caminho à verdadeira virilidade.
"Enquanto não lutares contra a frivolidade, a tua cabeça será semelhante a uma loja de bricabraque: não conterá senão utopias, sonhos e... trastes velhos" (Sulco, n.535).
E nada de pretextos! Nada de justificar os defeitos dizendo: "Eu sou assim mesmo...", para não lutar contra a frivolidade própria.
"Não digas: 'Eu sou assim..., são coisas do meu caráter". São coisas da tua falta de caráter. Sê homem - esto vir" (Caminho, n.4)

"Obstinas-te em ser mundano, frívolo e estouvado porque és covarde. Que é, senão covardia, esse não quereres enfrentar-te a ti próprio?" (Caminho, n.18).

Fonte: En Garde 

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